segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Minha vida entre sapatilhas



              Não há sensação igual a que sentimos ao entrar em um palco. Não há nada que se compare à emoção de uma apresentação bem feita e ao som dos aplausos. A felicidade que percorre cada uma de nossas veias quando estamos nas pontas dos pés é indescritível. Muitos podem não compreender a paixão por uma arte tão difícil e dolorosa; praticamente impossível de entender se nunca a provamos. Mas só quem a pratica sabe como é bom sentir cada pedaço do seu corpo em movimento e como nos sentimos livres e felizes ao dançar. A dança está além de acrobacias, piruetas e saltos. Ela nos ensina a ter disciplina, força de vontade, respeito e ousadia. Saídas, festas e diversão são trocados por horas de treinamentos e ensaios - o que, para nós, não deixa de ser também uma diversão! Às vezes, não é tão fácil perceber a complexidade existente na conexão entre a mente e o corpo, entre os sentidos e a alma. Ninguém dança pela metade. Quem dança, dança por completo e se dedica por inteiro. Pelo menos, essa é a minha definição de um verdadeiro bailarino (a). A dança te desafia a conhecer seus limites e enfrentar seus medos, encarar as dificuldades e ultrapassar os obstáculos, pois não é sempre que acertamos. É quando caímos que levantamos mais fortes. Muito mais determinados a fazer dar certo. E é isso que tanto me encanta, esse desafio constante. Nunca se aprendeu tudo, sempre há algo novo para explorar. E é assim que pretendo passar o resto da minha vida: explorando, aprendendo, experimentando e, principalmente, dançando. Não é atoa que dizem que quem dança é mais feliz!



segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Um clichê as vezes nos cai bem

São as inseguranças que nos fazem perder a sanidade
Criam e transformam toda aquela considerada realidade
Te fazem acreditar que já não há mais jeito
Tecem a teia da destruição do que poderia ser perfeito

E cá estou eu, amordaçada e presa em pensamentos
Tolos ou irreais, lembranças de alguns acontecimentos
Imaginando aquilo que se foi, aquilo que virá
No que tudo isso um dia se transformará

Escreva um texto, tire uma foto, cante uma canção
Faça com que nada disso seja em vão
Faça com que esses momentos sejam guardados
Pois por serem especiais, desejo que sejam lembrados

E - como diria aquele velho clichê - seja eterno enquanto dure.