domingo, 7 de outubro de 2012

Para o final, um (re)começo

 

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Chega a hora em que a gente cansa de fingir. Usar uma máscara para esconder o que há por dentro é tão cansativo que nem sei como aguentei. Se faz sentido ou não, não sei. Mas já deu.

Vou cuidar de mim, melhorar, voltar a ser quem uma vez já fui. Sem lágrimas para atrapalhar. Chega de ser afetada pela menor das besteiras. Tristeza tem limite e o meu foi ultrapassado.

Sabe quando você já está sem forças para lutar contra alguma coisa? É isso aí. Agora só me resta descobrir, e desinibir, e sorrir, e (para mim mesma) parar de mentir.

Às vezes, ainda há uma solução.

domingo, 19 de agosto de 2012

Inquietude



Já me dizia um velho poeta
que nascer era burrada,
morrer era cilada
e que amar era tolo.

Daí que eu não acreditava:
a vida era sagrada!
Sem descaso por tão pouco.

"Abre o olho", era o conselho
Nunca entendi porque veio
Mas servia como consolo.

Quem está certo é ele
que, já vivido, sabe bem
o triste fim que me convém.

E no final sempre foi assim:

o que os olhos não veem,
o coração sente em dobro.
Que grande estorvo.





Brand new start


           O ar seco contaminava as gargantas e atiçava as rinites, bronquites, sinusites, e tantos outros "ites" que a medicina nos obrigara a aprender. Era possível perceber que até mesmo as mentes estavam congestionadas e não havia como assoá-las. O muco entupia o resto de criatividade viva e prendia a palavra e o sentido em sua teia, para que não saísse assim tão fácil. E assim o prazer textual foi desaparecendo, acomodado a sua vidinha de congestão nasal. Mas, como toda doença que se preze, é necessário medicamento para que a literatura volte ao seu estado saudável. O antibiótico tomou forma de lembranças, a injeção passou a ser de motivação e uma dose única de inspiração ao dia também era muito aconselhável. Só foi necessário que uma gotinha caísse do céu para inundar a imensidade da ideia e aliar-se aos remédios receitados, formando aquele brainstorm que há muito não dava as caras. So I'm back. Pelo menos por agora. 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A primeira máquina de lavar a gente nunca esquece




                Nunca fui daquelas muito domésticas. Antes de morar sozinha, me esforçava para fazer o mínimo possível dentro de casa. Para lavar uma mísera louça era preciso inúmeras reclamações e dramas dos mais mexicanos. Só que, para minha surpresa, passei no vestibular quando havia acabado de completar 17 anos e fui embora da minha cidade para começar a nova vida. E quando digo nova, não há exageros. Precisei aprender de tudo e mais um pouco para sobreviver longe do papai e da mamãe e uma das coisas mais difíceis foi lavar roupa. Me mudei para uma república onde não tínhamos nada para lavá-las. Era tudo na base da lavagem à mão mesmo. Nos dias em que eu ia lavar calças jeans e de moletom, levava uma tarde toda e ainda saia com o braço destruído. Experiência terrível.
                Uns seis meses depois de esfregar, esfregar e esfregar roupas na mão, meu pai conseguiu um tanquinho que era da minha avó. Já foi uma alegria sobrenatural para mim. Nada de esfregar, só era preciso torcer e pendurar no varal! Que maravilha é a tecnologia! Passei mais uns bons meses lavando tudo no tanquinho. Era um pouco cansativo também e eu sempre saia da lavanderia mais molhada que as roupas, mas era tão melhor que lavar na mão que eu nem reclamava. Ainda mais porque eu havia me mudado da república. Estava morando em um apartamento com uma amiga e não precisava dividir meu tanquinho com mais cinco e nem ter um micro espaço no varal para estender minhas roupas.
                Mas, num surto de gastação de dinheiro desnecessário, meu pai surgiu aqui em casa com uma MÁQUINA DE LAVAR. Minha primeira reação foi: “VOCÊ É DOIDO? GASTOU UM DINHEIRO VALIOSO DESSE COM ALGO QUE EU NEM PRECISAVA?”. Minha segunda reação foi: “Agora que ele já gastou todo esse dinheiro, só posso é parar de reclamar e usá-la”. Minha terceira reação foi hoje, quando a utilizei pela primeira vez.
                Eu nunca havia lavado uma roupa na máquina de lavar antes. Então o primeiro desafio foi aprender a fazê-la funcionar - o que nem foi muito difícil, já que ela veio com um manual ilustrado com todo o passo a passo para não termos problemas (o qual já está grudado na parede, em cima da própria máquina). A primeira dúvida veio na hora de separar as roupas. "Que preguiça de separar por tipo e cor", pensei. No tanquinho eu simplesmente jogava branco com qualquer outra cor e todas os tipos de peças juntas e fosse o que Deus quisesse. Nunca deu problema. Mas como máquina de lavar é mais chique, a gente trata com mais carinho. Separei as roupas e meias brancas e pensei em começar com elas. Coloquei o sabão e o amaciante, escolhi o nível da água e coloquei para bater no "normal". Fiquei procurando o botão de ligar e SURPRESA: fechei a tampa e nos quatro segundos em que eu procurava o tal botão, a máquina funcionou sozinha! Era muita praticidade para o meu coração aguentar. Continuei observando a água caindo como se eu tivesse que tomar cuidado para não vazar, como no antigo tanquinho. Era tudo muito fácil para ser verdade! Fascinada com tamanha praticidade, dei as costas para fazer meu almoço. De cinco em cinco minutos, eu voltava para ver se estava tudo ok. E a máquina continuava lá, toda linda, fazendo tudo sozinha. Eu não estava entendendo nada sobre a sequência dos fatos - se estava batendo, jogando sabão, amaciante, alvejante ou se estava centrifugando. Só sei que na hora que acabou de bater, minhas roupas estavam lá, limpas e cheirosas. E o melhor: centrifugadas! Nada de ficar pingando no varal por um tempão ou de torcer para tirar toda a água até meu braço doer. 
                Foi preciso mais uma lavagem para o resto da roupa suja e fiz todo o processo novamente. Cada girada do filtro parecia mais hipnotizante que a outra, para mim. E o resultado nunca me decepcionava: roupas limpas e cheirosas como eu nunca havia feito antes! E não precisei me molhar nem um pouquinho pra isso. Nem precisei vigiar a lavagem (coisa que eu fiz do mesmo jeito só para aproveitar a novidade). Enfim, rapidamente estava tudo no varal, sem pingar, sem fazer molhação e pronto para secar.
                Lavar roupa suja na máquina foi como dizem por ai: Certas coisas a gente nunca esquece. Principalmente a primeira vez. Acho que minha próxima experiência bem que podia ser com uma lavadoura de louças, já que de limpeza moderna eu estou ficando craque!

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Um beijão para quem teve paciência para ler! ;)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Desmotivação



Ultimamente tem me faltado motivação.
O que eu planejo e me esforço para que aconteça
não se torna um plano bem sucedido,
nem corresponde ao esperado.
Então de onde vou tirar forças para continuar?
Preciso de por quês, poréns, aléns.
Preciso de um pouco de sucesso na vida
para que eu possa voltar a acreditar.
Ou então vou assim, empurrando com a barriga
até onde der.
Seguindo os dias em branco, sem vontade e sem rumo,
na rotina cansada e sem valor.
Só esperando que a sorte tenha dó de mim.
Sorriso atrás do choro nunca me faltou,
não é agora que vai faltar.




Só um desabafo bobo. E eu quero minha casa, com colinho de mãe.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Saudade do que está escondido



Às vezes, me dá saudade.
Daquele romantismo do começo, do carinho inédito. 
Da timidez e da vergonha de chegar perto. 
Da vergonha até de brigar.  
Da poesia que se declarava.
De ouvir "eu te amo" pela primeira vez. 
Das surpresas que fazem o dia. 
Todas as coisas que a rotina esconde da gente.
É que elas precisam dar espaço para outras coisas que virão
e que sei que serão tão boas quanto.
Mas bem que essas coisinhas podiam surgir de novo de vez em quando.
É tão gostoso o friozinho na barriga que estas trazem.

Melancólica angústia enrustida


Daí que com o tempo a gente aprende
Sorrir de orelha a orelha não é felicidade
Mostrar os dentes qualquer um pode
Difícil é sentir aquilo que o momento traz

Faz de conta que a realidade é passageira
Arrasta pra dentro o que estiver por perto
Ou pelo menos o que vale a pena

Tudo vale a pena, mesmo se a alma for pequena
Tranca no peito a lembrança que te faz feliz
Carregue-a como se fosse um pingo de esperança

Deita a cabeça no travesseiro e descansa
Deixa o cérebro dormir e pára de besteira
Faz dos pensamentos tolos, brincadeira

Espera pra ver, espera o sol nascer
Pode ser que o dia te traga surpresas
Mas pode ser que seja uma grande merda
Assim como os outros que passaram

Mas, ei, sai dessa tristeza!
A vida é muito curta para sofrer de solidão
Se abraça e vai pro mundo,
que amor próprio também preenche coração.

Nem que seja em vão.

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obs: escrever coisas melancólicas são infinitamente mais legais que coisas felizes. que pessoa imbecil eu sou, não?

domingo, 8 de abril de 2012

Quando a decepção tomou conta do afeto



Lave sua boca,
escove sua língua,
reflita sobre o que fala
e seja honesta com você.

Cuspir palavras que ferem
tem suas consequências
e a sua está aqui,
em minhas mãos.

Não te quero mal,
mas já não te quero tão bem.
Melhor não ter papo
enquanto a ferida estiver aberta.

Só quero que entenda
que meu maior mal
foi querer o seu bem
enquanto você pisoteava minha ajuda.

Tudo bem, acontece,
decepções todos nós temos.
Só que já passou da hora de crescer
e assumir a vergonha que lhe falta na cara.

Essa é apenas a verdade, me desculpe a sinceridade entalada.

domingo, 25 de março de 2012

Memórias ininteligíveis de uma madrugada



E o tempo lá fora me disse
"Agradeça, você só tem a agradecer"
E eu acatei, tímida:
o tempo tinha toda a razão.

Joguei minhas preces pro ar
e fiz delas mais que um desejo
Pedi para que o destino
realizasse aquilo que fosse para ser.

Como resposta, o vento correu
Passou brincalhão pelos meus ouvidos
Riu, chorou, falou, mentiu
Me divertiu com toda a sua confusão.

Mas no fim do dia abri meus olhos e vi
que aquilo que seu sempre sonhei e sempre quis
estava perto o suficiente para que eu pudesse tocar.

E não havia distância ou briga ou vontade
que me afastaria ou me fizesse esquecer
daquilo que era perpétuo, verdadeiro.

Era tudo que minhas palavras tortas e tontas podiam tentar dizer.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Vestígios de uma aula de Filosofia


       Kant, afinal, tinha razão. O imperativo categórico já falava que a razão deve estar sempre acima da emoção. O coração não pensa, age por impulso e pode destruir alguém em segundos. Não interessa a solidão ontológica do homem: este será um dia atingido pelos estragos do sentimento. O cérebro é que pode nos mostrar o caminho a ser seguido para alcançar o sucesso. Glória, poder, astúcia, audácia.
       Mas Kant que me desculpe. Não vou parar de escutar o que o meu coração às vezes me diz. Acredito que a solidão da alma dói mais que a ferida no peito causada por alguma decepção ou outro motivo causado pela minha emoção exacerbada. É por isso que meu coração grita, tentando mostrar à razão o que eu julgo ser feliz e na esperança de ser ouvido por alguém.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Apenas mais uma história trágica


           Tinha 5 anos bem vividos. Mergulhada no próprio mimo, nariz em pé, perdida em ideias e um mundo inteiro a descobrir. Brincava de princesa, heroína e até lutava com dragões. Não ligava para ninguém, até porque ninguém realmente ligava para ela.
           Aos 10 anos descobriu coisas da vida que muito adulto nunca vira e nem precisara presenciar. Foi largada, abandonada; estava sozinha. Encontrou refúgio e companhia em seu inconsciente, trouxe para sua realidade aquilo que bem entendera e quisera. Deixou-se levar pela tristeza: afinal, ninguém ligaria para ela.
           Chegou aos 15 de um jeito que nunca imaginara. Corpo possuído, inocência deflorada. Agora brincava com outro tipo de heroína e se entregava sem pudor. Sobrevivia alucinada, carregava um vazio infinito nos olhos e coletava prazeres momentâneos. Continuava sem se importar, já que na manhã seguinte ninguém ligaria também.
           Com 20 anos já não era mais nada. Sexo, drogas e, se desse tempo, rock n' roll. Arranjara amigos da pior qualidade que ao menos mantinham um sangue sujo correndo pelas suas veias. Seu coração ainda batida, mas já estava oca há tempos. E se ela não ligava, por que mais alguém ligaria?
           Finalmente foi encontrada aos 25 por um cara legal. Este tocou-lhe a face gélida e até mesmo gostou do que viu. Não conseguira perceber o passado podre, sujo e fétido que o corpo dela exalava, mas sentia que deveria ajudá-la. Ironia do destino que a ajuda tenha batido em sua porta quando já era tarde demais. Os olhos fechados e a pele gelada indicavam que ali já não havia mais pulsação.
           E quando alguém poderia finalmente se importar, o jogo chegou ao fim. Morreu com o cigarro entre os dedos e sem ninguém ligar.

terça-feira, 13 de março de 2012

Meu carinho é todo teu


Meio ano é o suficiente para saber que já não se vive mais sem.
Meio ano de amor já me prova que preciso de você.
No passado, no presente e no futuro.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A besteira que é a poesia



Já me disseram uma vez
que poeta é sinônimo de tristeza,
que escreve através de sangue e suor
tudo aquilo que achar melhor.

"Saia dessa vida, segue teu rumo",
foi o estímulo que recebi.
Como se palavras não tivessem valor
e fossem inúteis, devo supor .

Mas, para mim, a poesia traz sentido,
coisa que há muito tempo eu havia perdido
e não havia mais esperanças de encontrar.

Foram o suor, o sangue e o sofrer
que me fizeram perceber
o bem e a paz que a palavra traz.

O alívio que é para o coração
quando pode despejar, então,
tudo que o sufoca e polui por dentro.

Escolhi que escrever seria minha forma de viver
e que derramar sentimentos era o meu querer.
Foi o melhor modo que encontrei para sobreviver.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Falando sério sobre se permitir


          Estava pensando nos motivos que nos levam a amar. Sinceramente, nunca acreditei que o amor existisse fora dos livros e filmes - até que este entrou  na minha porta, sem bater e muito menos pedir licença. Logo quando eu menos esperava e logo quando eu mais achei que nenhuma forma de amor fosse verdadeira. Simplesmente chegou num dia e transformou toda a minha vida e os meus sentimentos de um modo que não há explicação. E essa foi a primeira vez na vida em que eu me entreguei e parei de segurar ou esconder ou sufocar o que eu queria sentir. Eu, antes, não me permitia. Agora vejo que, além de não permitir o amor, também não aceitava a minha própria felicidade. Mas felicidade de verdade, sabe? Não aquela que eu fingia ter. Isso tudo por medo de arriscar, de me machucar. Mas sem levar uns tombos no caminho, não há como aprender. Hoje, até não me arrepende de ter feito o que fiz, pois consegui me proteger. Eu me abri no momento certo, para a pessoa certa. Sei que se eu me permitisse amar quem eu queria, naquela época, teria um coração partido e talvez até hoje não recuperado. Às vezes nem teria coragem de deixar acontecer tudo que anda acontecendo comigo e teria perdido alguns dos momentos mais maravilhosos que já vivi. Mas só porque desse jeito as coisas foram boas para mim (porém nada indolores), significa que para você também será. Eu tive a sorte de acertar, quando decidi esperar. E se você não tiver essa mesma sorte?
          Eu ando vendo pessoas especiais para mim sofrendo  por não se permitir. Meu conselho a elas é: permita-se, se você nunca o fez. Pode ser que você quebre a cara, mas também pode ser que não. Pode ser essa a sua oportunidade de acertar. Mas não vá insistir no que não deu certo. Se você tentou e se esforçou, mas só recebeu dor e tristeza em troca, desista que não foi dessa vez. O que tiver de ser, será.
       Nós também temos a mania de achar que o que sentimos é amor, por pura carência e necessidade. Principalmente se a pessoa só te faz sofrer. Eu mesma já passei por isso. Quanto mais aquilo chegava ao fim, mais eu acreditava que estava apaixonada e querendo forçar a pessoa a sentir o mesmo. Quando tudo realmente acabava, ficava aquela vontade de se vingar presa dentro de você, querendo que o parceiro se arrependesse e voltasse correndo para os seus braços. No fim, nada disso acontece mesmo.
       Se isso fosse amor, a vida seria uma grande merda. Viver tentando agradar a pessoa que te "ama" sendo algo que você não é, não pode ser amor de verdade. Eu nunca havia sido eu mesma em meus relacionamentos e, às vezes, nem mesmo nas minhas amizades. Motivo: medo da rejeição, é claro. Mas há um tempo eu descobri que não é bem assim que as coisas acontecem. Portanto, eu digo: seja você, tire essa máscara do rosto, abra-se, permita-se, AME. E, acima de tudo, AME QUEM VOCÊ É e não tente fugir disso. Estas foram as palavras mais clichês que poderíamos imaginar, mas há pessoas que precisavam ouvi-las. Eu espero que, dessa vez, elas façam sentido para quem precisa.

(Desculpa o tamanho do texto. É por isso que eu só andava escrevendo poesias, já que era o mais curto que eu conseguia. Só que minhas poesias andam uma grande merda e eu queria dizer algumas palavras e abrir alguns olhos sobre esse assunto, então deu no que deu. Espero que gostem e que sirva de conselho!)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Mémoires, l'amour



Cansei de brincar de ficar longe
e para você, me entrego.
Quero reviver as lembranças
que desde setembro carrego.

E viver no quarto bagunçado
sem se importar com o desleixo,
dizer coisas bonitas cara a cara
e esquecer meu próprio eixo.

Fazer o almoço às três da tarde,
criar as comidas mais diferentes.
Incrível como tudo fica bom
com os mais esquisitos ingredientes!

Não ter que se preocupar com distância
e nem com a sua falta por muito tempo.
Sei que em quinze minutos de caminhada
posso acabar com esse contratempo.

Chega desse gosto tão amargo
que sinto quando estou aqui e você lá.
Chega de não poder te abraçar.

Meu carinho quero compartilhar,
perto de você quero estar,
e, se possível, para sempre te amar.