sexta-feira, 23 de março de 2012

Vestígios de uma aula de Filosofia


       Kant, afinal, tinha razão. O imperativo categórico já falava que a razão deve estar sempre acima da emoção. O coração não pensa, age por impulso e pode destruir alguém em segundos. Não interessa a solidão ontológica do homem: este será um dia atingido pelos estragos do sentimento. O cérebro é que pode nos mostrar o caminho a ser seguido para alcançar o sucesso. Glória, poder, astúcia, audácia.
       Mas Kant que me desculpe. Não vou parar de escutar o que o meu coração às vezes me diz. Acredito que a solidão da alma dói mais que a ferida no peito causada por alguma decepção ou outro motivo causado pela minha emoção exacerbada. É por isso que meu coração grita, tentando mostrar à razão o que eu julgo ser feliz e na esperança de ser ouvido por alguém.

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