domingo, 28 de agosto de 2011

Silencioso espetáculo

O quarto escuro a minha volta
Se transforma aos poucos num palco
Onde as palavras se formam, mostram
Maneiras diferentes de enxergar

Tais palavras criam o que desejo
Fazem do pensamento, concreto
Exalam as verdades que escondo
Aquelas que eu mesma nego

É nesse palco que posso me despir
Onde a sinceridade encontra-se nua
Pura, em minha consciência
Crua, em sua essência

Esse é o palco onde eu queria viver eternamente
Mas por manter-se invisível aos olhos dos outros
Torna essa vontade impossível
Porque quem o criou, fui eu
Afogada em meu próprio egoísmo.

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