sábado, 3 de setembro de 2011

Lápis, papel e sentimento

O grafite fere o papel
na esperança de diminuir
a solidão em palavras:
um refúgio

E escreve e cria e tece
uma rede de letras
transformando um significado
que ninguém mais compreende

E pensa e tenta e sente
enquanto vê a mão trabalhar
procurando um sentido diferente
daquele que quer enxergar

E redigindo passa a acreditar
num mundo que conseguiu criar
e passa também a esperar
por aquilo que acabara de inventar.

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