sexta-feira, 24 de junho de 2011

Sorrisos, tantos sorrisos.

E chegou em casa mais uma vez. Viu a família, matou as saudades, contou as novidades.
Almoçou com os pais aquela comidinha que só mamãe sabe fazer. Ficou feliz por isso.
Sentiu-se cansada, não havia dormido muito de noite e na viagem não quis dormir. Deitou-se para descansar.
Acordou com uma das mais queridas de suas amigas lhe chamando para sair. Sorriu, com saudade.
Levantou-se, tomou um banho, se arrumou e foi para a cervejaria.
Encontrou amigos que há muito não via, deu risada das histórias de cada um, contou um pouco sobre suas próprias histórias e fez alguns sorrirem também.
Sentiu-se tão, tão feliz. Poderia dizer que quase completa. Até esqueceu da dor de cabeça e da dor de garganta por um momento.
Duas cervejas, uma pizza depois. Resolveu voltar para casa e se arrumar para encontrá-los novamente.
Logo já estava na nova casa de uma amiga. Entre maquiagens, gargalhadas e conversas, ficaram prontas.
De repente, a casa estava cheia. Barulho, bebidas, alguém conseguiu combinar com a van?
E depois de muita confusão, foram parar na cidade vizinha para assistir a um show ruim.
Quem liga?
Vamos beber de graça! Uma, duas, três tequilas. Não pagou.
"Pega essa pinga com mel aqui, pode ficar pra você". Ok.
O show começou, não gostou da música, não ficou bêbada. Olhou ao redor, sentiu-se sozinha ao ver que só haviam casais ao seu lado. Mas eram seus amigos, não iam lhe abandonar. Tinha certeza disso.
Não conseguiu evitar de pensar em um certo alguém. O que será que a pessoa estaria fazendo naquele momento?
E no meio daquela música toda, só lhe restou dançar. E dançou, aproveitou tudo que podia aproveitar.
O sertanejo parou de tocar. Mudou para o rock, mudou para o pagode, mudou para tantos estilos musicais que não entendeu mais nada.
Só soube que queria ir embora quando acabou. Juntou todos os amigos, viu uma briga num canto, achou um ônibus de volta para sua cidade.
Chegou em casa, deitou a cabeça no travesseiro, sorriu.
"Quantos sorrisos para um dia só", pensou. Mas não reclamou. Principalmente porque não esperava sorrir tanto nesse dia em que nada de especial acontecera. Era aquele sentimento de estar de volta ao lar, aquecido no coração, que há algumas semanas estava esquecido.

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